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sábado, 27 abril 2024

Bolsonaro passou 2 noites na embaixada da Hungria

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Segundo o jornal New York Times, a pernoite de Bolsonaro na Hungria visava impedir uma possível prisão do ex-presidente - Foto: Fabio Rodrigues - Agência Brasil

Matéria de jornal dos EUA afirma que o ex-presidente se abrigou na embaixada após ter o seu passaporte confiscado pela Justiça

O ex-presidente Jair Bolsonaro passou pelo menos duas noites na embaixada da Hungria após ser obrigado a entregar o passaporte à Justiça brasileira. A informação foi divulgada pelo jornal dos Estados Unidos The New York Times (NYT).

O jornal publicou imagens de vídeo e fotos indicando que Bolsonaro entrou na embaixada em Brasilia no dia 12 de fevereiro e só saiu de lá dois dias depois. O NYT divulgou ainda fotos de satélite mostrando que o veículo usado pelo ex-presidente ficou estacionado na embaixada.

Segundo o NYT, a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungira sugere que Bolsonaro estava tentando “alavancar a sua amizade” com o primeiro-ministro Viktor Orbán. Ainda segundo o jornal, estratégia seria tentar escapar de punições da Justiça brasileira. A reportagem, contudo, não chega a detalhar algum plano concreto de fuga de Bolsonaro.

Se a Justiça expedisse um mandado de prisão preventiva contra Bolsonaro, com o presidente hospedado em uma embaixada internacional, a decisão judicial não poderia ser feita porque os consulados são considerados territórios dos países de origem

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O ex-presidente e o primeiro-ministro hungáro possuem um relacionamento próximo há anos. Em 2022, quando Bolsonaro foi à Hungria, ele cobriu Orbán de afagos. “Acredito no Orbán, que trato como irmão, dadas as afinidades que temos”, disse Bolsonaro.

Em dezembro do ano passado, Bolsonaro e Orbán se reuniram em Buenos Aires na posse do presidente da Argentina, Javier Milei. No encontro, Orbán chamou Bolsonaro de “meu bom amigo”.

“Estamos em Buenos Aires para comemorar a grande vitória do presidente Javier Milei. Tive o prazer de encontrar com meu grande amigo, presidente Jair Bolsonaro. A direita está a crescer não só na Europa, mas em todo o mundo!”, disse Orban no X (antigo Twitter). 

Bolsonaro se defende

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira, 25, que frequenta embaixadas de outros países no Brasil para conversar com os embaixadores e que ainda mantém contato com chefes de Estado para repassar a situação política no país.

“Temos boas relações internacionais. Até hoje mantenho relação com alguns chefes de Estado pelo mundo, algo bastante saudável. Muitas vezes esses chefes de Estado ligam pra mim para que eu possa prestar informações precisas sobre o que acontece no Brasil”, disse Bolsonaro em um breve discurso.

“Frequento embaixadas também aqui por nosso Brasil, converso com os embaixadores. Não tenho o passaporte, está detido. Senão estaria com Tarcísio, juntamente com o Ronaldo Caiado, nessa viagem que ele fez a Israel, um país irmão e fantástico sob todos os aspectos”, continuou o presidente.

Bolsonaro discursou no evento realizado pelo PL na zona norte de São Paulo para filiar Sonaira Fernandes, secretária estadual de Políticas para a Mulher e vereadora licenciada, e a vereadora Rute Costa. Elas estavam no Republicanos e no PSDB, respectivamente. Ambas são cotadas para serem candidatas a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que estava presente.

O ex-presidente também reforçou o apelo para Tarcísio de Freitas (Republicanos) ir para o PL. O governador declarou que o PL estava usando uma “rede de arrasto” para “pescar” diversos quadros. Quando assumiu a palavra, Bolsonaro disse que a “rede de arrasto” iria pegar também governadores e prefeitos. Ao final, provocado pela plateia, disse: “Assina, Tarcísio”.

Defesa reitera fala de Bolsonaro em nota

A defesa do ex-presidente disse que ele passou dois dias hospedados no prédio, mas negou que a estadia se deu por busca de um asilo político. Segundo os representantes do ex-presidente, a presença na embaixada se resumiu em “manter contatos com autoridades do país” e atualizar os representantes húngaros sobre o “cenário político das duas nações”.

“Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, concluiu a defesa de Bolsonaro. Com informações de Agência Estado

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